6 novelas de outros canais que poderiam ter remake na Globo
Exibindo atualmente o remake de Vale Tudo, Globo já fez novas versões de sucessos de suas concorrentes; confira outras tramas que poderiam ser refeitas pela emissora

Publicado em 03/05/2025 às 10:41,
atualizado em 03/05/2025 às 13:41
Desde 31 de março, a Globo exibe o remake de um de seus maiores sucessos, Vale Tudo (1988). No entanto, alguns dos remakes mais exitosos que a emissora fez foram de tramas exibidas por canais concorrentes, como Mulheres de Areia (1993), A Viagem (1994) e Pantanal (2022), entre outras.
Sendo assim, listamos abaixo seis novelas da concorrência que poderiam ser refeitas pela Globo nos próximos anos, seja em suas faixas noturnas ou no Globoplay.
Confira:
Nino, o Italianinho (1969)
Sucesso de Geraldo Vietri na Tupi, feita logo após Antônio Maria, que também obteve êxito. A trama consagrou Juca de Oliveira, que viveu o protagonista. Na história, Nino mora no Bixiga, tradicional reduto de imigrantes na capital paulista.
Ele torna-se dono de uma mercearia e luta para conquistar o amor da ambiciosa Natália, vivida por Bibi Vogel, que se interessa pelo milionário Renato (Wilson Fragoso). Enquanto isso, Bianca (Aracy Balabanian) é apaixonada pelo jovem imigrante.
Seria uma excelente oportunidade para se fazer uma novela de época das seis que, se tiver o elenco certo, é praticamente certeza de sucesso.
O Meu Pé de Laranja Lima (1970)
Excelente adaptação do romance homônimo, a novela de Ivani Ribeiro marcou uma geração. O garoto Haroldo Botta viveu o protagonista Zezé, que convivia com Manuel Valadares, o Portuga, vivido por Cláudio Corrêa e Castro.
Eva Wilma, que também estava no elenco, disse que o sucesso foi tão grande que o elenco viajou para capitais, como Belo Horizonte (MG), e era recebido por multidões emocionadas.
A Band fez nova versão da novela entre 1998 e 1999, com Caio Romel e Giansco Guarnieri, mas sem a mesma repercussão. Outra típica novela para fazer sucesso na faixa das seis.
Vitória Bonelli (1972)
Considerada a obra-prima de Geraldo Vietri, Vitória Bonelli reuniu "texto, imagem e interpretação absolutamente precisos", conforme escreveu o especialista Ismael Fernandes no livro Memória da Telenovela Brasileira. Magistralmente interpretada por Berta Zemel, a protagonista que dava o título à trama era uma mulher firme, decidida e de grande personalidade.
Ficou enclausurada durante 20 anos no quarto, vivendo num mundo particular, e resolve sair de seu refúgio para enfrentar os problemas de seus quatro filhos após a falência da família.
Vitória Bonelli também foi a novela onde Tony Ramos se afirmou como grande ator, começando a chamar atenção da Globo.
Os Inocentes (1974)
Estrelada por Cleyde Yáconis, a novela de Ivani Ribeiro tinha história muito interessante. Baseada na peça A Visita da Velha Senhora, a protagonista era Juliana, que volta para Roseira (SP) para vingar a morte de sua mãe.
Além desse entrecho que geralmente dá certo, a trama tinha uma figura misteriosa, que usava uma pesada maquiagem, capa preta com um capaz e mancava de uma perna, que aterrorizava Juliana.
Com final alterado, o público poderia ficar na expectativa pela revelação de quem seria o estranho personagem.
Gaivotas (1979)
Exibida já no período final da Tupi, em 1979, a novela é considerada pelo crítico Nilson Xavier, do site Teledramaturgia, "um dos melhores elenco já reunidos para uma novela e uma das melhores estruturas armadas pelo autor Jorge Andrade, em seu primeiro trabalho fora da Globo".
Focada no suspense, mostra Daniel (Rubens de Falco) reunindo, 30 anos depois, amigos de colégio, para desvendar os mistérios que envolveram tragicamente a formatura, da qual ele saíra como principal suspeito pela morte de uma professora que seduzia seus alunos. Um fato curioso é que esses elementos lembram a trama de Elas por Elas (1982/2023).
Gaivotas foi eleito o melhor texto de novela de 1979 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), enquanto Rubens de Falco foi o melhor ator e Cleyde Yáconis foi a melhor atriz.
Xica da Silva (1996)
Há algum tempo existe o burburinho de que Xica da Silva, último sucesso da Manchete, será o próximo remake da Globo, sendo produzido inicialmente para o Globoplay.
A missão não seria complicada, porque o autor da trama é contratado da emissora: ninguém menos que Walcyr Carrasco, que, no entanto, usou o pseudônimo Adamo Angel para a novela em 1996, já que era contratado do SBT na época.
Produção que marcou a estreia de Taís Araújo na televisão, Xica da Silva era baseada na história real de Francisca da Silva de Oliveira, uma mulher escravizada que viveu no Arraial do Tijuco, atual Diamantina (MG), durante a segunda metade do século 18. A protagonista conquistava sua alforria e se tornava nobre ao se envolver com o contratador João Fernandes (Victor Wagner), que até então estava comprometido com Violante (Drica Moraes).